Maduro mantém a tradição e adianta a celebração do Natal na Venezuela para 1º de outubro.
Em mais um capítulo da saga surreal da Venezuela sob Nicolás Maduro, o presidente resolveu antecipar o Natal para 1º de outubro. Isso mesmo: enquanto o país afunda em uma crise política interminável e a disputa presidencial de 28 de julho ainda ecoa pelos corredores de Caracas, Maduro nos brinda com sua versão própria de um “conto de Natal” mais cedo do que o habitual.
Maduro, sempre criativo na arte de desviar olhares dos problemas reais, anunciou com pompa em seu programa de TV que “é setembro e já cheira a Natal”. Pois é, não só a data de inauguração das festividades foi adiantada, como ele prometeu uma avalanche de “paz, felicidade e segurança” para os venezuelanos. Ele reforçou a mensagem com a mesma convicção de um mágico que promete que o coelho vai sair da cartola, mas desta vez, ele quer que o Natal comece em 1º de outubro.
Essa não é a primeira vez que Maduro dá um jeitinho para antecipar as celebrações. Em 2019, ele fez a mesma manobra, antecipando a festa para 1º de novembro, e em 2020, em um golpe de mestre digno de um ilusionista, fez o Natal começar em 15 de outubro. A manobra tinha a intenção de tirar o foco das enormes dificuldades que o país enfrentava durante a pandemia de covid-19. E, no ano seguinte, lá estava ele novamente, declarando a chegada antecipada do Natal para 4 de outubro, com direito a um vídeo cheio de luzes e decorações no Palácio de Miraflores.
Então, enquanto o país se afunda em um mar de problemas e crise, Maduro parece achar que a solução é antecipar a festa. Afinal, nada como um bom “ho ho ho” para disfarçar o caos.