Maduro recorre à ONU para resgatar venezuelanos presos em El Salvador

Grupo foi deportado dos EUA após Trump pagar taxa ao governo de Bukele

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou à Organização das Nações Unidas (ONU) para intervir na situação de 238 venezuelanos detidos em El Salvador. O grupo foi deportado pelos Estados Unidos e enviado para o país governado por Nayib Bukele após o governo de Donald Trump pagar uma taxa bilionária ao governo salvadorenho para utilizar suas prisões.

Segundo a Casa Branca, os deportados fariam parte da gangue criminosa venezuelana Tren de Aragua (TdA), mas o regime de Maduro e os familiares dos presos negam as acusações.

Maduro entrou em contato com o secretário-geral da ONU, António Guterres, no último dia 26, e, nesta sexta-feira (28), conversou com o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk. O objetivo é garantir a libertação imediata dos venezuelanos.

Em um comunicado oficial, o governo venezuelano reforçou que Maduro pediu à ONU um compromisso firme na defesa dos direitos dos migrantes, exigindo o respeito ao direito internacional e às normas que protegem pessoas em situação de mobilidade.

A deportação dos venezuelanos ocorreu no dia 16 de fevereiro, depois que Trump invocou uma lei do século 18 que lhe concedeu amplos poderes para expulsar imigrantes. Para viabilizar o envio dos presos a El Salvador, os EUA pagaram cerca de 6 bilhões de dólares ao governo de Bukele, que já havia demonstrado interesse em arrendar suas prisões para os norte-americanos.

Agora, o governo Maduro busca apoio internacional para tentar reverter a situação e garantir que seus cidadãos sejam libertados.