Maduro rejeita novas eleições na Venezuela sugeridas pelo Brasil
Presidente venezuelano acusou os Estados Unidos de tentar “se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela”
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou as sugestões feitas por líderes dos Estados Unidos e do Brasil sobre a realização de novas eleições em seu país. Maduro acusou os EUA de tentar se tornar a autoridade eleitoral da Venezuela e criticou o presidente americano, Joe Biden, por suas declarações sobre a situação política venezuelana.
Maduro afirmou, em pronunciamento na televisão estatal venezuelana, que não aceita a intervenção dos EUA nos assuntos eleitorais da Venezuela e que Biden havia expressado uma opinião intervencionista que posteriormente foi desmentida. A Casa Branca ajustou a declaração de Biden, que inicialmente apoiou a ideia de uma nova eleição, mas depois afirmou que estava se referindo à falta de transparência nas eleições realizadas em 28 de julho.
A proposta de uma nova eleição também foi abordada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o que levou a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, a se opor à ideia. Machado afirmou que a eleição já ocorreu e que o custo para Maduro de continuar no poder aumenta a cada dia. A autoridade eleitoral venezuelana anunciou que Maduro obteve 51% dos votos, embora a contagem completa não tenha sido divulgada, enquanto contagens da oposição indicam que o rival Gonzalez teria recebido 67% dos votos.