Mãe que tem filho deficiente é ‘castigo de Deus’

Na segunda-feira, 30 de outubro, durante uma sessão da Câmara dos Vereadores em Arcoverde (PE), a vereadora Zirleide Monteiro (PTB) fez uma declaração polêmica. Enquanto apresentava um projeto relacionado ao Novembro Azul, ela aproveitou para abordar uma discussão prévia com colegas de plenário.

Zirleide mencionou uma queda que teria sofrido na Câmara, a qual se tornou motivo de zombaria, segundo sua descrição. Ela afirmou que é preferível “cair no chão do que ser esquecido pelo povo de Arcoverde”.

A vereadora também dirigiu comentários desrespeitosos a uma mulher que, segundo ela, havia se desentendido com ela e que é mãe de uma criança de quatro anos com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Zirleide afirmou que o filho da mulher foi uma forma de “castigo de Deus” e que ela veio ao mundo para sofrer devido a alguma suposta conta a acertar com o divino.

O presidente da Câmara, Wevertton Siqueira, posteriormente expressou sua discordância em relação às palavras da vereadora. Ele considerou as declarações de Zirleide como infelizes e pediu desculpas em nome da vereadora a todas as mães de crianças com deficiência em Arcoverde, em Pernambuco e em todo o Brasil. A vereadora se desculpou posteriormente, mas manteve sua opinião, afirmando que apenas ela sabe o que foi dito pela outra pessoa no final de semana anterior.