Manifestantes se mobilizam em todo o mundo para pedir o fim da violência contra as mulheres
No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, milhares de manifestantes se mobilizaram globalmente exigindo ação contra a violência de gênero. No Brasil, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi palco de uma manifestação simbólica, onde pares de sapatos femininos foram dispostos, representando as 722 vítimas de feminicídio registradas no primeiro semestre do ano no país.
Em Santiago, Chile, um dos bastiões do movimento feminista, mulheres marcharam com cartazes destacando a mensagem “Cuidado, o machismo mata”. O Chile registrou 40 feminicídios desde o início do ano. Na Guatemala, o número “438” foi marcado com flores e velas, lembrando os 438 feminicídios ocorridos no país em 2023.
Na Espanha, cerca de 7.000 pessoas se manifestaram em Madrid com a faixa “Chega: nossa luta é global”. Manifestações semelhantes ocorreram em cidades como Barcelona e Sevilha. Na França, mensagens como “Protejam suas filhas, eduquem seus filhos” foram destacadas nos cartazes. A Itália e outros países, como Bulgária e Turquia, também testemunharam manifestações pedindo o fim da violência contra as mulheres.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden lamentou a persistência do flagelo da violência sexista, enquanto o papa Francisco, do Vaticano, afirmou que a violência contra as mulheres é uma erva daninha que deve ser erradicada por meio de ações educacionais centradas na dignidade humana.
Globalmente, as estatísticas revelam que ocorrem 82 feminicídios diariamente, a maioria cometida por parceiros ou ex-parceiros. Estima-se que 31% das mulheres tenham sido vítimas de violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida. O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher é celebrado em 25 de novembro, em memória das irmãs Mirabal, opositoras do ditador Rafael Trujillo, assassinadas em 1960 na República Dominicana.
