Marcola e Família Condenados por Esquema de Lavagem de Dinheiro com Salão de Beleza

Marcola e Família Condenados por Esquema de Lavagem de Dinheiro com Salão de Beleza

O líder do PCC, Marcola, e sua esposa, Cynthia, foram condenados por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. O caso foi julgado pela 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. O casal foi acusado de utilizar o salão de beleza Diva’s Hair, em São Paulo, como fachada para disfarçar os lucros ilícitos do crime organizado.

De acordo com o desembargador Damião Cogan, que relatou o caso, o objetivo da operação era “disfarçar os valores ilícitos como se fossem transações regulares do salão”. Marcola foi condenado a 6 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, enquanto Cynthia recebeu uma pena de 4 anos de reclusão, em regime aberto.

Outros membros da família também foram envolvidos: os sogros de Marcola, Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, receberam penas de 3 anos de prisão por serem usados como “laranjas” na compra de uma casa de luxo, avaliada em mais de R$ 3 milhões, em Granja Viana. O pagamento da transação foi feito em dinheiro vivo, o que ajudou a esconder a origem ilícita do valor.

Embora Marcola tenha afirmado em depoimento que, desde sua prisão, não adquiriu bens ou lucros com a facção, o desembargador refutou a alegação, argumentando que, como líder do PCC, ele era sustentado financeiramente pela organização criminosa.

Cynthia, antes de abrir o salão, tinha um negócio de vender lingerie e perfumes em frente a presídios. Atualmente, ela afirma que o salão gera cerca de R$ 60 mil por mês. Durante seu depoimento, ela também alegou ser alvo de perseguição policial e defendeu a regularidade do seu negócio.

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