María Corina Machado Rompe Silêncio e Lidera Protesto Contra Maduro

María Corina Machado Rompe Silêncio e Lidera Protesto Contra Maduro

Após 5 Meses na Sombra, Líder da Oposição Faz Aparição Pública e é Detida

María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição venezuelana, saiu de seu esconderijo pela primeira vez em cinco meses para participar de um protesto contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas. A manifestação ocorreu nesta quinta-feira (9) e reuniu apoiadores contrários ao governo chavista. Pouco tempo após sua aparição, María Corina foi detida pelas autoridades locais.

Protesto Massivo às Vésperas da Posse

Os protestos liderados pela oposição, espalhados por todo o país, foram organizados um dia antes da posse presidencial. Durante o ato, María Corina subiu ao palco, acenou para os manifestantes com uma bandeira venezuelana e fez um discurso emotivo:

“Hoje estivemos em todas as ruas da Venezuela e do mundo. Estou aqui, com você, e até o fim”, declarou a líder em uma rede social antes de sua prisão.

A opositora enfrenta acusações do Ministério Público venezuelano e relatou em entrevista ao g1 que vive escondida devido às perseguições do governo Maduro, temendo por sua vida.

Disputa Eleitoral e Apoio Internacional

A crise política na Venezuela se agravou após as eleições de 28 de julho, cuja vitória foi reivindicada tanto pelo governo Maduro quanto pela oposição.

As autoridades eleitorais, alinhadas ao regime chavista, declararam Maduro como vencedor, mas não apresentaram os resultados detalhados. Por outro lado, a oposição afirma que Edmundo González, de 75 anos, conquistou uma vitória esmagadora e divulgou contagens de votos como evidência. O opositor conta com o apoio de diversos governos, incluindo os Estados Unidos, que o reconhecem como presidente eleito.

González, atualmente na República Dominicana, prometeu retornar a Caracas para sua posse no dia 10, desafiando as ameaças de prisão feitas pelo governo Maduro.

Contexto e Repressão

A prisão de María Corina Machado reforça o clima de repressão política na Venezuela. A oposição tem denunciado perseguições sistemáticas e acusa o regime de Maduro de usar o aparato estatal para silenciar vozes contrárias.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação os desdobramentos no país, com governos estrangeiros pressionando por uma solução democrática e pelo respeito aos direitos humanos.

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