Mauro Cid fica em silêncio em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro

Mauro Cid fica em silêncio em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro

Coronel pode ficar silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo, segundo habeas corpus concedido pelo STF

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, permaneceu em silêncio durante todo o seu depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, realizada na terça-feira (11 de julho de 2023). Convocado como testemunha e investigado, Cid compareceu à comissão vestido com sua farda, seguindo orientações do Exército, e se recusou a responder qualquer pergunta dos parlamentares. Sua atitude foi considerada desrespeitosa pelos congressistas, que argumentaram que Cid estava indo contra a decisão da ministra do STF, Cármen Lúcia, que havia concedido a ele o direito de permanecer em silêncio em relação a questões que pudessem incriminá-lo.

Durante o depoimento, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) perguntou a idade de Cid, ao que ele respondeu que permaneceria em silêncio. A congressista então afirmou que fez a pergunta de propósito para deixar claro que o militar estava descumprindo a determinação do STF. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), concordou com a deputada e afirmou que havia avisado ao advogado de Cid sobre o desrespeito à ordem judicial. Ele acrescentou que essa atitude resultará em uma nova denúncia contra Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal.

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