Mauro Cid Volta à Polícia Federal: Novas Provas Complicam Delação do Ex-Auxiliar de Bolsonaro
Operação Contragolpe avança e mira planos de golpe de Estado; militares e policial federal são presos
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, compareceu novamente à sede da Polícia Federal nesta terça-feira (19) para prestar depoimento. A convocação ocorreu após a recuperação de dados apagados de seus dispositivos eletrônicos, que trouxeram à tona novas evidências relacionadas à tentativa de golpe de Estado investigada pela Operação Contragolpe.
Provas Recuperadas Agravam Situação
Os dados recuperados pela Polícia Federal foram cruciais para cruzar informações que resultaram na prisão de quatro militares e um policial federal. As detenções ocorreram no mesmo dia, como parte das ações contra os envolvidos no detalhado plano que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, em 2023.
Mauro Cid, figura de confiança de Bolsonaro durante o mandato, havia firmado um acordo de delação premiada para colaborar com as investigações. No entanto, as novas informações indicam que o tenente-coronel pode ter omitido elementos importantes, como o chamado “plano de 15 de dezembro”, que está no centro das apurações da operação.
A Delação em Risco
De acordo com fontes ligadas ao caso, omitir informações relevantes em uma delação é uma violação grave que pode comprometer o acordo firmado. Agora, a validade do pacto está sendo reavaliada pelas autoridades, enquanto a Polícia Federal busca entender a extensão do envolvimento de Cid nos esquemas.
Com a Operação Contragolpe desvendando detalhes de um planejamento minucioso para desestabilizar as instituições democráticas, cresce a pressão por respostas e punições severas aos envolvidos. Enquanto isso, a credibilidade do ex-assessor de Bolsonaro e o alcance da delação seguem em cheque.