Médica vítima de agressão denuncia que era única profissional em plantão com 60 pacientes
Sandra Lúcia foi espancada com socos e chutes enquanto trabalhava
Médica vítima de agressão denuncia que foi a única profissional de plantão, responsável por cuidar de mais de 60 pacientes internados, quando foi brutalmente atacada no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, localizado no Rio de Janeiro. Sandra Lúcia, a profissional agredida, compartilhou seu desabafo nas redes sociais, revelando que sofreu espancamento com socos e chutes, resultando em ferimentos que exigiram 5 pontos na boca, além de equimoses e arranhões. A situação também levou à intervenção da polícia, que conduziu o caso à delegacia e ao Instituto Médico Legal (IML).
A agressão ocorreu quando um pai e uma filha, identificados como André Luiz do Nascimento Soares e Samara Kiffini do Nascimento Soares, buscaram atendimento para um simples corte em um dedo da mão esquerda. O delegado responsável pelo caso, Geovan Omena, expressou sua surpresa com a violência empregada pela dupla, enfatizando que, mesmo em casos de urgência, a agressão não é justificada. Ele ressaltou que o ferimento do indivíduo poderia ser tratado facilmente com um simples curativo.
Segundo relatos da Polícia, a médica estava atendendo outros pacientes quando ouviu a confusão e foi verificar o que estava acontecendo. Foi nesse momento que as agressões partiram de André Luiz contra ela.
As autoridades intervieram e prenderam André Luiz, mas Samara, ao ser informada de sua prisão, ameaçou a médica com violência física quando fosse liberada. O delegado salientou que os agressores não tinham histórico criminal, o que tornou o episódio ainda mais inexplicável e injustificável.
No contexto da mesma unidade hospitalar, a família de Arlene Marques da Silva, uma idosa falecida na sala vermelha, também expressou sua indignação com o ocorrido. A filha da vítima, Elaine Marques, lamentou a perda da mãe, alegando que ela era muito amada e bem tratada pelos filhos. Ela questionou como um simples corte poderia tirar a vida de uma pessoa, enfatizando que, para eles, não se tratava de um incidente insignificante.
A agressão à médica e a perda trágica da idosa Arlene Marques da Silva causaram comoção e destacaram a importância de garantir um ambiente seguro para os profissionais de saúde, bem como de reforçar a necessidade de respeito e civismo no contexto hospitalar.