Médico desmente “ação da esquerda” contra PL que equipara o aborto a homicídio

Médico desmente “ação da esquerda” contra PL que equipara o aborto a homicídio

O médico Raphael Câmara, ex-secretário da Saúde Primária do Ministério da Saúde e relator da resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que proíbe a prática da assistolia fetal, tem respondido às críticas e à desinformação relacionadas ao projeto de lei PL 1.904/24.

Raphael Câmara não se esquivou de enfrentar as acusações em torno do PL 1.904/24, que pretende equiparar o feticídio realizado após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. Câmara rebateu a rotulação do projeto como “PL da gravidez infantil” ou “PL do estupro”, principalmente atribuída a movimentos e parlamentares de esquerda. Ele classificou tais críticas como uma “campanha de desinformação” e refutou algumas das alegações propagadas.

“A criança é inimputável. De forma nenhuma, isso está equiparado a estuprador e todo mundo sabe que nenhuma criança ou adolescente vai ter pena alguma,” afirmou Câmara.

Ele também destacou suas realizações: “Em minha gestão, fui ‘o secretário que mais diminuiu a gravidez infantil na história’.”

Câmara acusou a esquerda de defender estupradores: “Quem defende estuprador é a esquerda.”

Além disso, ele enfatizou a importância do registro de boletins de ocorrência em casos de estupro: “A gente defende boletim de ocorrência em caso de estupro, mas a esquerda não.”

Câmara atribuiu o surgimento do problema ao PSOL, dizendo: “Esse problema só ocorreu porque o PSOL entrou no STF contra nossa resolução.”

Ele concluiu destacando a relevância do papel legislativo: “Bom, então o legislativo está fazendo seu trabalho.”

O debate sobre o projeto ganhou notoriedade após o STF derrubar a resolução do CFM que impedia procedimentos após 22 semanas de gestação, seguindo ação do PSOL. A Câmara dos Deputados aprovou a urgência para o PL, enquanto o Senado se prepara para debater a assistolia fetal, descrita pelo senador Eduardo Girão como um “ato médico que ocasiona o feticídio.”

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