Michelle Bolsonaro Ganha Espaço e Pode Ser o Nome da Direita para 2026

Michelle Bolsonaro Ganha Espaço e Pode Ser o Nome da Direita para 2026

🎯 De ex-primeira-dama a possível candidata ao Planalto, Michelle cresce nas pesquisas e já aparece empatada com Lula

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro começa a ganhar cada vez mais força dentro da direita como uma possível candidata à Presidência da República em 2026. Com Jair Bolsonaro fora do jogo eleitoral por conta da inelegibilidade, o nome de Michelle desponta como uma alternativa natural no Partido Liberal (PL), ao lado da possível reeleição do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Mas Michelle não se resume apenas ao sobrenome Bolsonaro. Como atual presidente do PL Mulher, ela tem se consolidado como um trunfo político, capaz de mobilizar dois grupos fundamentais para a direita: o público evangélico e as mulheres conservadoras.

Durante o governo Bolsonaro, ela manteve uma atuação mais discreta, focada em pautas sociais, como a inclusão de pessoas surdas. Hoje, quase três anos após deixar o Palácio da Alvorada, Michelle já aparece tecnicamente empatada com Lula nas pesquisas. Segundo dados do Paraná Pesquisas, divulgados em abril, Lula soma 33,7% das intenções de voto, contra 31,7% de Michelle — uma diferença que está dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

⚖️ O sobrenome pesa — pra mais e pra menos

Mesmo com outros nomes da direita na mesa, como os governadores Ratinho Júnior (Paraná) e Romeu Zema (Minas Gerais), aliados de Bolsonaro entendem que, no fim das contas, a tendência é que o candidato carregue o peso do nome Bolsonaro na urna.

Nos bastidores, a ideia inicial era lançar Michelle ao Senado, mas o crescimento político dela começa a alterar os planos. Seu desempenho nas pesquisas e a capacidade de dialogar com públicos estratégicos colocam pressão no próprio PL e no entorno de Bolsonaro para levá-la à disputa presidencial.

Só que, claro, o caminho não será livre de obstáculos. Conversas vazadas entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten mostraram críticas pesadas à ex-primeira-dama. Ao comentar a possibilidade de Michelle ser candidata, Cid disparou: “Prefiro o Lula”. E Wajngarten respondeu: “Idem”. O episódio custou caro: Wajngarten acabou demitido do PL no último dia 20.

🚀 Desafio: furar a bolha do bolsonarismo

Para o cientista político Juan Carlos Arruda, Michelle larga na frente quando se trata de mobilizar o eleitorado evangélico e as mulheres conservadoras, principalmente se tiver o apoio direto de Jair Bolsonaro.

Porém, ele faz um alerta: “Isso, por si só, não é suficiente para vencer uma eleição presidencial”. Segundo ele, o grande desafio de Michelle será romper a bolha bolsonarista e dialogar com públicos mais amplos — como o eleitorado de centro-direita moderado, empresários e jovens urbanos.

“Se quiser crescer, vai ter que ajustar o discurso, sem abrir mão dos valores conservadores, mas mostrando compromisso com estabilidade institucional, desenvolvimento econômico e soluções pragmáticas para o país”, aponta o analista.

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