Milei diz que Maduro foi derrotado na Venezuela
Antes de Milei, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, pediu que Maduro reconheça a derrota
O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou nesta segunda-feira (29) que o líder venezuelano Nicolás Maduro foi derrotado nas eleições presidenciais realizadas no domingo (28), e afirmou que a Argentina “não reconhecerá outra fraude”. Até o momento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, responsável pela eleição, não divulgou os resultados oficiais.
Em uma postagem na rede social X, Milei expressou: “Ditador Maduro, fora! Os venezuelanos decidiram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados indicam uma vitória esmagadora da oposição, e o mundo aguarda o reconhecimento dessa derrota após anos de socialismo, miséria, decadência e morte”. Ele também afirmou esperar que as Forças Armadas defendam a democracia.
A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, também se manifestou, pedindo que Maduro reconheça a derrota nas eleições, mencionando uma “diferença de votos contra a ditadura chavista é avassaladora”, embora não tenha especificado a origem dos dados.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, enfatizou que a divulgação dos resultados das eleições na Venezuela deve ser transparente e refletir a vontade popular. O ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren, reforçou o apelo para que a vontade do povo venezuelano seja respeitada.
Enquanto isso, o governo brasileiro adotou uma postura cautelosa, esperando pela divulgação oficial dos resultados. Celso Amorim, enviado do presidente Lula para acompanhar o processo eleitoral na Venezuela, expressou a expectativa de que “os resultados finais sejam respeitados por todos os candidatos.”
A oposição venezuelana já reivindicou vitória e afirmou que alguns centros de votação não estão transmitindo seus resultados para o CNE. Além disso, relataram que suas testemunhas estão sendo impedidas de acessar as atas das urnas de votação, conforme previsto na legislação eleitoral.
Ex-presidentes como Mauricio Macri, da Argentina, e Iván Duque, da Colômbia, pediram que as Forças Armadas venezuelanas intervenham para assegurar a saída de Maduro, com Macri exortando o exército a “se colocar do lado certo da história” e Duque afirmando que não há dúvidas de que o regime perdeu as eleições.
O chanceler venezuelano, por sua vez, acusou um “grupo de governos e poderes estrangeiros” de tentarem intervir no processo eleitoral venezuelano, mencionando especificamente Argentina, Peru, Uruguai, e figuras como Macri e Duque.