Milei Expande Limite de Importações, Enquanto Brasil Adota Taxa em Compras Estrangeiras
Argentina facilita acesso a produtos internacionais, contrastando com a medida fiscal do Brasil, que encarece compras fora do país.
Em um movimento que se distoa das decisões econômicas recentes do Brasil, o presidente argentino Javier Milei anunciou que, a partir de dezembro, o limite para importações eventuais na Argentina será elevado de mil para 3 mil dólares. A medida, que foi divulgada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, visa proporcionar aos cidadãos argentinos acesso a produtos internacionais de forma mais competitiva, especialmente para itens comprados online, como roupas, eletrodomésticos e jogos. Caputo reforçou que a mudança permitirá a milhões de argentinos escolherem o que comprar e onde, ampliando o acesso a uma variedade maior de produtos.
A decisão de Milei entra em choque com a política adotada no Brasil, onde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva implementou a chamada “taxa das blusinhas” em agosto deste ano. Essa medida, que estabelece uma taxação de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares, tem como principal alvo plataformas de e-commerce como AliExpress, Shein e Shopee. Embora tenha gerado resistência, a taxação foi sancionada por Lula após intensos debates no Congresso, com o governo justificando que a medida ajudaria a aumentar a arrecadação do país.
Enquanto o governo argentino busca facilitar a importação de produtos, promovendo uma abertura maior ao comércio global, o Brasil adota um caminho fiscal mais restritivo, limitando o poder de compra dos consumidores e provocando tensões entre varejistas e plataformas internacionais.
