Milhões em Viagens: Conselhão de Lula Gasta R$ 2,2 Milhões com Deslocamentos

Milhões em Viagens: Conselhão de Lula Gasta R$ 2,2 Milhões com Deslocamentos

Membros do Conselhão gastaram R$ 2,2 milhões em viagens a serviço do governo | Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert

Reuniões em Brasília e Reembolso de Custos Elevam Despesas do Órgão Restabelecido em 2023

Nos últimos dois anos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembolsou impressionantes R$ 2,2 milhões com deslocamentos dos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, popularmente conhecido como “Conselhão”. Criado em 2003 e extinto durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o órgão foi reestabelecido em 2023 por Lula como uma de suas primeiras ações no terceiro mandato.

Segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, só em 2023, os gastos somaram R$ 1,1 milhão, com R$ 897 mil destinados a passagens aéreas e R$ 249 mil a diárias. Em 2024, as despesas chegaram a R$ 738 mil em passagens e R$ 324 mil em diárias. Apenas os conselheiros que solicitaram reembolso tiveram seus custos cobertos, embora o conselho conte com 249 integrantes representando diferentes regiões e segmentos sociais do país.

Viagens e Reuniões na Capital Federal

Desde sua recriação, o Conselhão realizou quatro assembleias gerais em Brasília, exigindo o deslocamento de seus membros à capital. Entre os nomes que mais demandaram reembolsos estão Ana Carolina Lima da Costa (R$ 27 mil), Fernando Guimarães Rodrigues (R$ 20 mil) e Deyvid Souza Barcelar da Silva (R$ 16,3 mil).

A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) esclareceu que parte desses conselheiros integra o Comitê Gestor do órgão, que realiza reuniões bimestrais, aumentando a frequência de deslocamentos. Já as atividades dos grupos de trabalho e comissões ocorrem majoritariamente de forma remota, reduzindo o impacto financeiro em outras áreas.

Histórico do Conselhão: Do Surgimento ao Retorno

Criado em 2003 durante o primeiro mandato de Lula, o Conselhão tinha como objetivo principal oferecer conselhos para a formulação de políticas públicas. Em 2019, foi desativado por Jair Bolsonaro, que considerava o órgão ineficaz. Com a volta de Lula à presidência, o Conselho foi restabelecido e retomou suas funções como um espaço de diálogo com a sociedade.

Custos Sob Olhar Crítico

Embora o governo argumente que o Conselhão promove participação social e contribui para a elaboração de políticas inclusivas, os valores despendidos geram críticas e levantam debates sobre a eficiência no uso dos recursos públicos. A pergunta que fica é: os resultados desse diálogo justificam os altos custos? Enquanto isso, as viagens e reuniões seguem como parte da rotina do órgão que volta a ocupar o cenário político brasileiro.

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