Militares do Exército são exonerados de cargos de comando após operação que mirou Bolsonaro
O Exército brasileiro exonerou dois militares de cargos de comando após a operação “Tempus Veritatis”, que investiga um suposto planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022, mirando o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Os militares exonerados são o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais.
A operação da Polícia Federal (PF) realizada na semana passada resultou em mandados de prisão para três militares e buscas e apreensões para outros 17, incluindo sete militares da ativa. O tenente-coronel Marques Almeida é apontado como parte do núcleo responsável por disseminar fake news e atacar o sistema eleitoral, enquanto o tenente-coronel Ferreira Lima fazia parte desse mesmo núcleo e de outro envolvido em planejar e executar medidas para manter manifestações golpistas em frente a quartéis militares.
As exonerações, publicadas no Diário Oficial, foram realizadas em cumprimento a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Exército, em nota, afirmou que preza pela legalidade e harmonia entre os entes da República, colaborando com as autoridades policiais nas investigações e tomando providências em conformidade com as decisões jurídicas sobre o assunto.