Ministério Público Se Manifesta Contra Pedido de Cristian Cravinhos para Regime Aberto

Ministério Público Se Manifesta Contra Pedido de Cristian Cravinhos para Regime Aberto

Condenado pelo assassinato dos Richthofen ainda não tem decisão da Justiça sobre progressão de pena

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) se posicionou contra a concessão do regime aberto para Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, crime ocorrido em 2002. Em um parecer oficial divulgado nesta quinta-feira (30), o órgão reforçou sua posição contrária à progressão da pena do detento.

Cristian, que atualmente cumpre pena em regime semiaberto na Penitenciária de Tremembé (SP), solicitou à Justiça, em maio de 2024, a mudança para o regime aberto. No entanto, a decisão ainda não foi tomada. Como parte da análise do pedido, o MP-SP solicitou um exame psicológico, cujo laudo foi anexado ao processo recentemente.

Avaliação Psicológica e Justificativa do MP-SP

De acordo com o exame de Rorschach, Cristian apresenta “traços disfuncionais de personalidade”, incluindo rigidez emocional e dificuldade em lidar com emoções de forma espontânea. Segundo o promotor Gustavo José Pedroza Silva, esses aspectos comprometem a capacidade do condenado de agir com empatia e maturidade.

“Ele demonstra uma percepção de realidade voltada para si mesmo, sem levar em consideração a experiência do outro, o que indica falta de empatia”, afirmou o promotor. Além disso, o laudo apontou que Cristian tem propensão a agir impulsivamente e a tomar decisões sem reflexão.

Histórico de Cristian Cravinhos e Tentativa de Progressão

Cristian foi condenado a 38 anos de prisão em 2006 e, após 11 anos, conseguiu a progressão para o regime aberto. No entanto, em 2018, após menos de oito meses fora da prisão, foi detido novamente por agressão contra a ex-mulher e tentativa de suborno a policiais, o que resultou em uma nova condenação por corrupção ativa.

Agora, mais uma vez, ele tenta conquistar o direito de cumprir o restante da pena fora da cadeia. No entanto, com o parecer negativo do Ministério Público, a decisão da Justiça se torna ainda mais incerta.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias