Ministra dos Direitos Humanos participa de evento com ativista pró-Hamas, mas compromisso não aparece na agenda oficial

Ministra dos Direitos Humanos participa de evento com ativista pró-Hamas, mas compromisso não aparece na agenda oficial

Encontro com líder do Fórum Latino Palestino aconteceu em São Paulo

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, esteve presente no 1º Seminário de Direitos Humanos do Estado de São Paulo, onde se encontrou com Mohamad El-Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino. O evento, no entanto, não foi registrado na agenda oficial da ministra.

Durante o encontro, Evaristo recebeu um lenço palestino (keffiyeh) de El-Kadri e posou para fotos, enquanto a plateia entoava gritos de “Palestina Livre”. O Fórum Latino Palestino, entidade que frequentemente faz postagens exaltando ações do grupo terrorista Hamas, compartilhou as imagens nas redes sociais.

A ausência do compromisso na agenda oficial levanta questionamentos sobre a transparência das atividades ministeriais. O evento, realizado nos dias 19 e 20 de fevereiro na sede do Sindicato dos Engenheiros, contou com a articulação da deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP).

Ministério não se pronuncia sobre ausência na agenda

A Gazeta do Povo entrou em contato com o Ministério dos Direitos Humanos para esclarecer a omissão do evento na agenda pública e aguarda uma resposta oficial. Também questionou a posição da ministra sobre os ataques do Hamas ocorridos em 7 de outubro de 2023.

Em seu discurso de encerramento do seminário, Evaristo afirmou que a defesa dos direitos humanos deve ser um princípio central das políticas públicas. “Avançamos muito, mas ainda há muito a ser feito para garantir os direitos fundamentais de todos”, declarou.

Histórico de posicionamentos sobre o conflito Israel-Palestina

Macaé Evaristo assumiu o Ministério dos Direitos Humanos após a saída de Silvio Almeida, exonerado após acusações de assédio sexual. Durante sua gestão, Almeida foi criticado por não condenar os atos terroristas do Hamas em outubro de 2023, limitando-se a afirmar que Israel fazia uso desproporcional da força contra os terroristas.

A falta de posicionamento oficial do governo Lula sobre o Hamas tem gerado controvérsias, especialmente diante das relações diplomáticas do Brasil com países do Oriente Médio e das declarações de membros do governo sobre o conflito.

Compartilhe nas suas redes sociais
Categorias
Tags