Ministra Nísia sabia de contaminação de órgãos há um mês, mas não investigou por falta de evidências
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, admitiu nesta quarta-feira (16) que o ministério estava ciente da contaminação por HIV de pacientes transplantados no Rio de Janeiro há um mês, mas não tomou a iniciativa de investigar a fundo devido à falta de evidências. Essa declaração é estarrecedora!
Na semana passada, quando o caso começou a ser revelado, a pasta informou que havia iniciado uma apuração interna no dia 14 de setembro, após a primeira notificação de um paciente infectado. Nísia alegou que só acionou a polícia após a suspeita de uma ação criminosa ser levantada, e não antes, como se a gravidade da situação pudesse ser ignorada até que mais casos fossem confirmados.
A partir do momento em que novos casos foram verificados, a ministra procurou a Polícia Federal, mas por que esperar? A falta de proatividade em um assunto tão sério é inaceitável. O que mais precisa acontecer para que a saúde e a segurança dos brasileiros sejam priorizadas? A resposta da pasta foi uma interdição cautelar do laboratório responsável e a determinação de retestagem das amostras de sangue coletadas, mas isso parece uma solução tardia diante da gravidade do que já ocorreu.
Quatro pessoas foram presas até agora, incluindo o responsável técnico do laboratório, e as investigações indicam que houve orientação para reduzir a qualidade dos testes, tudo em nome do lucro. É revoltante ver o quanto a vida dos cidadãos foi desconsiderada em nome de interesses financeiros! O governo precisa urgentemente rever suas prioridades e garantir que situações como essa não se repitam, pois vidas estão em jogo.
FONTE: Revista Oeste