
Ministra Nísia Trindade, da Saúde, tem esquema de vacinação contra Covid incompleto
A ministra tomou apenas uma dose de reforço em 2024, contrariando as orientações do Ministério da Saúde para pessoas acima de 60 anos.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, de 67 anos, não completou o esquema vacinal recomendado para pessoas acima de 60 anos, conforme as diretrizes do próprio Ministério da Saúde. Embora a recomendação para essa faixa etária seja de duas doses anuais, com um intervalo de seis meses, Nísia recebeu apenas uma dose de reforço contra a Covid-19 em fevereiro de 2024. A documentação, obtida por meio da Lei de Acesso à Informação, revela a situação.
A falta de uma segunda dose de reforço na carteira de vacinação da ministra gerou questionamentos, já que o processo de envelhecimento do sistema imunológico, conhecido como imunossenescência, torna os idosos mais vulneráveis à doença. De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, pessoas acima de 60 anos devem ser imunizadas a cada seis meses, independentemente do número de doses anteriores recebidas.
Embora a ministra tenha tomado a dose de reforço no início de 2024, ela não seguiu a recomendação de tomar a segunda dose, que deveria ter ocorrido a partir de agosto do ano passado. O Ministério da Saúde confirmou que Nísia não tomou a segunda dose de reforço, mas afirmou que ela atualizará seu cartão de vacinação nos próximos dias.
Essa situação ocorre em um contexto de desafios para o Ministério da Saúde. A pasta, sob a gestão de Nísia, enfrentou uma crise em relação à vacinação, com o governo federal tendo incinerado, nos últimos dois anos, uma quantidade recorde de vacinas e medicamentos não utilizados, incluindo milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 que perderam a validade.
Até o momento, o Ministério da Saúde não anunciou campanhas de vacinação específicas contra a Covid-19 para 2025, o que gerou ainda mais preocupação na população, já que campanhas anteriores eram divulgadas com antecedência.
Com a gestão de Nísia enfrentando críticas e desafios em várias frentes, ainda resta a esperança de que as questões de vacinação e saúde pública sejam abordadas de forma eficaz nos próximos meses.