Ministro diz que Brasil não precisa mais de leilão de arroz

Ministro diz que Brasil não precisa mais de leilão de arroz

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, informou em entrevista a uma emissora de televisão que o governo não precisará mais realizar leilões para a compra de arroz, que é produzido por países do Mercosul. Segundo ele, o arroz não faltará para os brasileiros até a colheita da próxima safra. A compra havia sido anunciada no início de maio, quando enchentes afetaram as plantações de arroz no Rio Grande do Sul.

No dia 6 de maio, o governo adquiriu 263,3 mil toneladas de arroz, mas logo após o leilão, foram descobertas irregularidades no processo, como a participação de empresas que não atuam no setor. As irregularidades levaram à demissão do então Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, e do diretor da Conab, Thiago José dos Santos.

Os produtores rurais do Rio Grande do Sul afirmaram que não haveria problema de abastecimento interno, mesmo após as enchentes, mas o governo optou por realizar o leilão. Após o cancelamento do primeiro leilão, o governo federal anunciou um novo edital. No entanto, nesta terça-feira (2), o ministro Fávaro afirmou que o governo decidiu suspender a compra do cereal por enquanto, já que não haverá escassez do produto no mercado e os preços voltaram ao normal. A decisão foi tomada após pedidos dos produtores rurais de arroz do Rio Grande do Sul, representados pela Fedearroz.

O anúncio oficial da suspensão da compra deve ser feito nesta quarta-feira (3), durante o lançamento do Plano Safra 2024/2025. Fávaro adiantou que o governo anunciará uma linha de financiamento específica para incentivar a produção de arroz, especialmente no Rio Grande do Sul. O lançamento do Plano Safra está previsto para ocorrer às 15 horas, em Brasília (DF).

Neste ano, o governo anunciará o montante do crédito rural para a agricultura empresarial e familiar no mesmo dia. Segundo o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a agricultura familiar terá um acréscimo de R$ 76 bilhões destinados para a safra 2024/2025, totalizando R$ 85,7 bilhões para o financiamento das atividades.

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