Ministro Haddad descarta aumento nos salários dos servidores públicos em 2024
Ministro sinalizou que reajuste aos servidores deve ocorrer apenas nos próximos anos
Em meio à pressão de servidores públicos federais por aumento salarial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou qualquer reajuste na remuneração dos funcionários públicos em 2024, após reunião com a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para debater o tema. Em entrevista a jornalistas, o ministro afirmou que “o Orçamento já está fechado” e que a equipe econômica do governo fará “um apanhado” do que foi discutido e apresentará os resultados à Casa Civil.
Segundo Haddad, os reajustes precisam ser segurados devido a situação fiscal do país. “É tudo desafiador. Temos que equacionar as contas públicas, têm votações importantes que vão acontece na semana que vem no Congresso”, declarou, referindo-se às pautas econômicas em tramitação no Legislativo e que buscam aumentar a arrecadação e ajudar a atingir o objetivo de deficit zero.
Pelas declarações do ministro, o governo só deve rever possíveis mudanças nas remunerações em 2025.
Um dia antes, na terça-feira (9/4), Esther Dweck chegou a declarar que o Executivo Federal tentava conciliar o reajuste com as contas públicas, sinalizando que o aumento poderia ocorrer. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também sinalizou de forma positiva, informando que há espaço para um novo reajuste dos salários de determinados setores em 2024, em uma entrevista no dia 30 de março.
Em 2023, o governo concedeu aumento de 9%.
Uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre governo federal e servidores está marcada para a tarde desta quarta-feira. Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), informou ao G1 Nacional que o governo que fazer um acordo parcial para implementação dos benefícios já no mês de maio, o auxilio alimentação, que subiria para R$ 1 mil, e tirou da mesa a recomposição geral linear de 9%, com 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.
“Em contrapartida, ele se compromete a resolver todas as pautas salariais em mesas especificas e temporárias até o mês de julho. Quem não firmou acordo até agora, terá até julho para assinar o termo de acordo”, explicou Marques.
A falta de um reajuste tem motivado paralisações e greves em segmentos do setor público pelo país.