Ministro quer liderar campanha de Lula e ataca “ameaças” à democracia em 2026

Ministro quer liderar campanha de Lula e ataca “ameaças” à democracia em 2026

Alexandre Silveira se coloca como soldado fiel do presidente, critica alternativas à reeleição e busca manter PSD ao lado do Planalto

Em um momento em que os bastidores da política já se aquecem para a eleição presidencial de 2026, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), fez questão de deixar claro de que lado está. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (9), ele declarou abertamente seu desejo de coordenar uma eventual campanha à reeleição do presidente Lula e classificou o petista como “a única solução razoável” para proteger a estabilidade do país.

“Se Lula for candidato, eu sou Lula, sou Lula Futebol Clube, Atlético Futebol Clube e coordenador da campanha dele”, afirmou o ministro, em tom enfático. Para Silveira, todas as outras opções que surgem no cenário político atual representam sérias ameaças à democracia e à economia brasileira.

A fala vem em meio a um momento delicado dentro do PSD, seu partido. Embora Silveira se posicione como um dos principais aliados do governo, a cúpula da legenda, liderada por Gilberto Kassab, flerta com a ideia de lançar uma candidatura própria — e o nome mais ventilado é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Silveira, no entanto, tratou de rebater essa movimentação. “É cedo demais para falar em nomes fora de Lula. Não existe plano B. Se não for ele, o PT vai ter que decidir entre lançar outro nome ou juntar forças para impedir a volta da barbárie”, disse, sugerindo um eventual caos caso a oposição vença.

Apesar de Bolsonaro estar inelegível, o ministro acredita que o ex-presidente ainda representa o maior risco à democracia brasileira — e que ele pode tentar emplacar algum “nome da família” para disputar a presidência em seu lugar.

Silveira também reforçou que sua defesa de Lula é pessoal, mas sinaliza claramente ao Planalto que o PSD pode seguir dividido entre os que apoiam a reeleição do atual presidente e os que buscam um novo protagonista no jogo político.

Com a antecipação do debate eleitoral, o ministro se coloca como peça-chave na costura política entre o PT e setores do centro — tentando garantir que, em 2026, o campo governista vá unido para as urnas.

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