
Ministro se irrita e manda Zema “lavar a boca” antes de atacar Lula
Márcio Macedo reage com indignação às críticas de Zema sobre a atuação de Lula no acordo de reparação por Mariana e diz que o governador distorce os fatos
Durante a cerimônia de assinatura do novo acordo de reparação da tragédia de Mariana, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, disparou duras críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Irritado com declarações do governador, Macedo afirmou que Zema deveria “lavar a boca com Qboa”, em referência à tradicional marca de água sanitária, antes de propagar mentiras sobre o presidente Lula.
A fala contundente foi uma resposta direta às acusações de Zema, que responsabilizou o governo petista pela criação da Fundação Renova – entidade que administra a reparação dos danos do desastre ambiental ocorrido em 2015. Segundo o governador, a fundação foi ineficiente e pouco fez pelos atingidos. Ele ainda tentou atribuir ao seu próprio governo o mérito pelo novo acordo, dizendo que seguiu o modelo do que foi firmado após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.
Macedo afirmou que não pretendia polemizar, mas que não podia ignorar o que chamou de “ataque irresponsável”. “É preciso reconhecer a insignificância de certas falas e valorizar a seriedade com que o presidente Lula está tratando o sofrimento das famílias afetadas”, declarou o ministro.
Além dele, outros integrantes do governo federal também rebateram Zema. O advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, defenderam a atuação do governo Lula na renegociação do acordo de Mariana, ressaltando que essa nova etapa é resultado de uma articulação federal sólida e comprometida com a reparação justa.
Zema, por sua vez, não compareceu à cerimônia em Mariana nesta quarta-feira (12). O evento marcou o anúncio dos novos investimentos que serão realizados com os recursos destinados à compensação pelos danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, uma das maiores tragédias ambientais do país.
Enquanto Lula e seus ministros reforçam o discurso de reconstrução e justiça para os atingidos, Zema parece querer transformar uma questão histórica e humanitária em palanque eleitoral para 2026.