
Moraes autoriza aliados e ex-comandantes como testemunhas de Bolsonaro em ação por tentativa de golpe
Ministro do STF aceita ouvir 15 nomes indicados pela defesa do ex-presidente, entre eles Tarcísio, Mourão e ex-chefes das Forças Armadas; alguns também foram listados pela PGR e outros réus.
Ao todo, Moraes aceitou os 15 nomes sugeridos pela equipe de defesa de Bolsonaro, que tenta reforçar sua versão diante das acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Alguns desses nomes já haviam sido indicados por outros investigados ou até mesmo pelo próprio Ministério Público.
Entre os autorizados a depor estão:
- Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército
- Carlos de Almeida Batista Junior, ex-comandante da Aeronáutica
- Julio Cesar de Arruda, ex-comandante do Exército
- Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
- Hamilton Mourão, senador (Republicanos-RS) e ex-vice-presidente
- Ciro Nogueira, senador (PP-PI) e ex-ministro
- Rogério Marinho, senador (PL-RN)
- Eduardo Pazuello, deputado federal (PL-RJ) e ex-ministro da Saúde
- Gilson Machado, ex-ministro
- Amauri Feres Saad, advogado
- Wagner de Oliveira, militar
- Renato de Lima França, ex-subchefe da Secretaria-Geral da Presidência
- Jonathas Assunção Salvador Nery
- Ricardo Peixto Camarinha, médico da Presidência no governo Bolsonaro
- Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE
Vale destacar que alguns desses nomes, como os ex-comandantes Freire Gomes e Batista Junior, também aparecem como testemunhas de acusação. Outro exemplo é Eder Balbino, empresário de tecnologia que ajudou o PL a elaborar um relatório contestando o resultado das eleições de 2022. Ele foi arrolado tanto pela PGR quanto pelo ex-ministro Braga Netto.
O senador Hamilton Mourão, além de testemunhar em defesa de Bolsonaro, também será ouvido nos casos envolvendo o general Augusto Heleno, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto. Já o ex-ministro Marcelo Queiroga vai depor a favor de Heleno e Braga Netto.
A decisão de Moraes reforça a amplitude das investigações, que envolvem figuras centrais do governo anterior e militares de alta patente, algo inédito na história recente do país.