Moraes concede liberdade provisória a Valdemar Costa Neto

Após dois dias de detenção, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, teve sua liberdade provisória concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Costa Neto deixará a sede da Polícia Federal, em Brasília, mas estará sujeito a cumprir diversas medidas cautelares, sob o risco de retorno à prisão.

A decisão de Moraes foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitir um parecer favorável à soltura, destacando a idade do político, 74 anos, e a ausência de grave ameaça ou violência como fundamentos para a concessão da liberdade.

Na noite de sexta-feira (9), o ministro havia convertido a prisão de Costa Neto em preventiva, sem prazo determinado, solicitando a manifestação da PGR. Outros colaboradores do ex-presidente Jair Bolsonaro tiveram suas prisões mantidas, incluindo o ex-assessor especial Filipe Martins Garcia, o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara e o major Rafael Martins de Oliveira.

A prisão de Valdemar Costa Neto ocorreu durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado. O político foi detido por posse irregular de uma arma, e posteriormente a Polícia Federal informou ter encontrado uma pepita de ouro de origem não comprovada com ele, caracterizando o crime de usurpação mineral. A defesa argumentou que a pepita tinha baixo valor e que a posse não configurava delito, enquanto a arma seria de um parente e devidamente registrada. O presidente do PL foi liberado com a decisão do ministro Moraes.