
Moraes dá prazo para Exército justificar visitas irregulares a militares presos
Ministro exige explicações sobre visitas não autorizadas a envolvidos no Inquérito do Golpe; prazos são apertados para os generais responsáveis.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu um ultimato ao Exército para esclarecer a situação das visitas irregulares a militares presos no contexto do Inquérito do Golpe. A decisão, tomada na terça-feira (24) e tornada pública nesta quinta-feira (26), exige que os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto expliquem o motivo pelo qual os detidos, entre eles o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima, têm recebido visitas sem a devida autorização.
De acordo com a ordem de Moraes, os generais Eduardo Tavares Martins, Ricardo Piai Carmona e Kleber Nunes de Vasconcellos têm 48 horas para enviar uma justificativa oficial ao ministro sobre o desrespeito ao regulamento de visitas. A autorização para visitas diárias sem a formalização dos procedimentos legais será investigada.
Os três militares foram presos no mês passado no Rio de Janeiro e, desde então, transferidos para a prisão em Brasília, onde permanecem nas dependências do Comando Militar do Planalto (CMP).