Moraes derruba sigilo dos depoimentos de inquérito que apura suposta tentativa de golpe

Moraes derruba sigilo dos depoimentos de inquérito que apura suposta tentativa de golpe


O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu tornar públicos os depoimentos dados por militares e civis em um inquérito que investiga uma possível conspiração para um golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro, junto com seus aliados. Esta medida, que levanta o sigilo de 27 depoimentos, busca evitar distorções e publicações parciais sobre o assunto.

O inquérito, chamado Tempus Veritatis, investiga uma suposta organização criminosa que teria planejado a derrubada do Estado Democrático de Direito visando manter Bolsonaro na presidência.

Entre os depoimentos agora tornados públicos está o do ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes, que confirmou sua participação em reuniões no Palácio do Planalto onde foram discutidos possíveis planos de golpe, embora tenha alertado Bolsonaro sobre as possíveis consequências legais dessa trama.

A lista dos depoentes cujo sigilo foi levantado inclui figuras proeminentes como Bolsonaro, ex-ministros, militares de alta patente e outros indivíduos associados ao governo.

Essa medida visa garantir transparência e evitar especulações sobre o caso, que tem gerado grande interesse público e repercussão política.

Veja a lista de quem teve o sigilo de depoimento derrubado:

Jair Messias Bolsonaro – ex-presidente da República;
Walter Souza Braga Netto – ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaronas Eleições de 2022, quando Bolsonaro não foi eleito;
Valdemar Costa Neto – presidente do PL, partido de Bolsonaro;
Anderson Gustavo Torres – ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
Carlos de Almeida Baptista Júnior – ex-comandante da Aeronáutica;
Marco Antonio Freire Gomes – ex-comandante do Exército;
Ailton Gonçalves Moraes Barros – capitão reformado do Exército;
Almir Garnier Santos – ex-comandante da Marinha;
Amauri Feres Saad – advogado. Foi citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” de documento, chamado de “minuta de golpe”, encontrado na casa de Anderson Torres, em Brasília;
Angelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
Augusto Heleno Ribeiro Pereira – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Jair Bolsonaro;
Bernardo Romão Correa Netto – coronel do Exército;
Cleverson Ney Magalhães – coronel do Exército;
Eder Lindsay Magalhães Balbino – empresário;
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira – ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor internacional de Bolsonaro;
Guilherme Marques Almeida – coronel do Exército;
Helio Ferreira Lima – tenente-coronel do Exército;
José Eduardo de Oliveira e Silva – padre da diocese de Osasco (SP);
Laércio Vergílio – coronel reformado do Exército;
Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército;
Mario Fernandes – homem de confiança de Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – ex-ministro da Defesa;
Rafael Martins de Oliveira – tenente-coronel do Exército;
Ronald Ferreira de Araújo Júnior – oficial do Exército;
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros – oficial do Exército;
Tercio Arnaud Tomaz – ex-assessor de Jair Bolsonaro.

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