Moraes nega contato por videoconferência entre coronel do Exército preso e advogado

Moraes nega contato por videoconferência entre coronel do Exército preso e advogado


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou a solicitação de permitir uma videoconferência entre o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, e seu advogado. A informação foi divulgada pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Marcelo Câmara encontra-se detido em Brasília desde 8 de fevereiro, quando Moraes autorizou a Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal. Segundo o jornal, a defesa de Câmara buscava facilitar uma defesa rápida e eficiente, visto que o advogado do militar, Eduardo Kuntz, reside em São Paulo.

Moraes argumentou que não existe base legal para realizar entrevistas entre o detido e seu advogado por meio de videoconferência. Em sua decisão, o ministro afirmou que não há circunstâncias excepcionais que justifiquem a autorização para videoconferência, especialmente porque o advogado mencionou que seu escritório possui uma filial no Distrito Federal.

Essa nova decisão de Moraes foi alvo de críticas nas redes sociais, com muitos apontando que ela dificulta o trabalho dos advogados. Anteriormente, na decisão que autorizou medidas contra Bolsonaro e seus aliados, o ministro proibiu o contato entre os advogados dos investigados.

O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol também comentou a recente decisão de Moraes relacionada às prerrogativas dos advogados. Vários advogados, incluindo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criticaram Moraes, argumentando que se tratava de um “erro elementar” por parte do ministro. Após as críticas, Moraes afirmou, na quinta-feira, 15, que a decisão não tinha essa abrangência.

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