“Moraes Nega Pedido de PM para Ver o Próprio Filho Jogar Futsal: Prisão ou Punição Sem Fim?”
É simplesmente revoltante ver como o sistema judiciário, que deveria ser justo, continua a punir de maneira desproporcional aqueles envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O major da Polícia Militar, Flávio Silvestre de Alencar, acusado de participar das manifestações antidemocráticas, teve seu pedido negado para assistir a um jogo de futsal do próprio filho. Isso mesmo, o homem só queria ver o filho jogar, algo que deveria ser uma das coisas mais normais e humanas, mas não para o Supremo Tribunal Federal (STF), ou mais precisamente, para o ministro Alexandre de Moraes.
Flávio Silvestre já está em liberdade provisória, mas vive sob a constante vigilância das medidas cautelares, que o impedem de sair aos fins de semana sem autorização judicial. A solicitação era simples: estar presente no dia 26 de outubro para apoiar o filho em uma partida de futsal. Mas não, o ministro Moraes decidiu indeferir o pedido, mantendo a vida do major restrita, como se isso fosse realmente fazer alguma diferença para a segurança nacional.
A ironia é que, em junho, Moraes até autorizou Flávio a comparecer por duas horas a uma festa junina na escola do filho. O que mudou agora? Será que o STF precisa punir mais um pouco, só para garantir que a mensagem esteja clara? O fato é que essa sequência de negações e permissões limitadas parece mais uma punição psicológica do que uma medida de justiça. Afinal, de que forma a presença de um pai no jogo do filho representa qualquer ameaça ao Estado de Direito?
Enquanto a investigação sobre os supostos erros e omissões da Polícia Militar no 8 de janeiro segue em marcha lenta, é o PM e sua família que continuam pagando um preço alto, emocional e pessoal. O major, preso duas vezes em 2024, já cumpriu o bastante para merecer um pouco mais de humanidade e menos rigidez. Quantos outros casos vemos no Brasil onde as punições parecem uma eterna vingança?
Se o governo e o STF estão tão focados em demonstrar força, talvez fosse melhor direcionarem essa energia para resolver problemas reais, como a corrupção endêmica, a violência crescente ou os serviços públicos ineficazes. Porque, no fim das contas, negar a um homem o direito de ver seu filho jogar bola é um símbolo cruel de um sistema que, ao invés de justiça, oferece castigo e humilhação.