Moraes tem um novo inimigo: a inteligência artificial

Moraes tem um novo inimigo: a inteligência artificial


O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou que a Justiça Eleitoral intensificará a fiscalização do uso da inteligência artificial (IA) nas campanhas eleitorais, a partir das eleições de 2024. Durante a entrega do Colar de Mérito Eleitoral Paulista no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Moraes destacou a necessidade de vigilância devido aos riscos que a IA pode representar para a liberdade de voto e a democracia.

O ministro expressou preocupação com a capacidade da IA em manipular declarações e informações, potencialmente prejudicando candidatos em disputas eleitorais. Ele enfatizou que, uma vez que notícias fraudulentas são geradas, é difícil anular completamente os danos, e a inteligência artificial poderia simular discursos de maneira convincente, causando confusão entre os eleitores.

Moraes citou as eleições presidenciais de 2022 como exemplo e ressaltou a importância da Justiça Eleitoral em resistir a ataques e notícias falsas. Ele argumentou que a regulamentação e fiscalização da IA são cruciais para preservar a integridade do processo eleitoral.

Por outro lado, a reação do ministro em relação à participação de um advogado em um julgamento no TSE gerou críticas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, manifestou descontentamento, considerando a atitude de Moraes como deboche e alegando um achaque democrático. Apesar disso, afirmou que a relação institucional entre a OAB e o Supremo Tribunal Federal (STF) não será prejudicada por esse incidente isolado.

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