Moro em Kiev: Aliança com Zelensky e Críticas Diretas a Lula”
Senador defende apoio à Ucrânia e afirma que a postura do presidente brasileiro “não nos representa”
O senador Sérgio Moro (União-PR) desembarcou em Kiev nesta sexta-feira (29) para um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Acompanhado dos senadores Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES), além do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Moro fez questão de alinhar sua visita com duras críticas à postura de Lula sobre a guerra na Ucrânia.
Em suas redes sociais, o ex-juiz reforçou sua posição ao lado da Ucrânia, descrevendo o país como um símbolo de luta pela liberdade:
“Viemos, como delegação brasileira, reafirmar que a população do Brasil apoia a causa ucraniana e é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A posição de Lula não nos representa.”
Já Magno Malta, em tom de desculpas, criticou as declarações anteriores de Lula sobre o conflito, chamando-as de desrespeitosas:
“Deixei claro ao presidente Zelensky que a maioria dos brasileiros não compactua com as atitudes de Lula. Aproveitei também para alertar sobre os sinais preocupantes de autoritarismo que enfrentamos no Brasil.”
Zelensky agradeceu o gesto da comitiva brasileira e destacou a importância de alianças internacionais para fortalecer a resistência ucraniana. Durante a reunião, ele também atualizou os parlamentares sobre a situação no front de batalha e ressaltou o papel de ações diplomáticas na causa do país.
Convite de solidariedade
O convite para a visita partiu do embaixador ucraniano no Brasil, Andrii Melnyk, que destacou o simbolismo da presença dos parlamentares na Conferência Parlamentar “Ucrânia e os Países da América Latina e do Caribe: Cooperação para o Futuro”, realizada entre 29 de novembro e 1º de dezembro. Para Melnyk, a participação brasileira é “mais que um gesto de solidariedade; é um sinal de apoio concreto ao povo ucraniano”.
Enquanto a delegação brasileira se aproxima de Zelensky, as declarações de Moro e Malta evidenciam o abismo político e diplomático entre o governo Lula e os parlamentares que criticam sua posição sobre um dos maiores conflitos da atualidade.
