Morre o sétimo detido do 8 de janeiro: mais uma perda marcada por dor e silêncio

Morre o sétimo detido do 8 de janeiro: mais uma perda marcada por dor e silêncio

Aos 60 anos, Marco Aurélio Pedroso faleceu vítima de leucemia. Ele é o sétimo entre os que participaram dos atos de Brasília a perder a vida, cercado por polêmicas e sem ver o desfecho judicial.

Marco Aurélio Gonçalves Pedroso, de 60 anos, faleceu em Cuiabá (MT), após enfrentar uma batalha contra a leucemia. Ele havia sido detido por envolvimento nas manifestações de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e era um dos nomes ligados à Ação Penal 1538. Em agosto de 2024, Marco assinou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), o que impedia que o processo seguisse para julgamento formal.

Com sua morte, já são sete os nomes de manifestantes daquele dia que perderam a vida desde então: Antônio Marques da Silva, Clériston Pereira da Cunha, Giovanni Carlos dos Santos, Éder Aparecido Jacinto, Kléber Freitas, Jony Figueiredo da Silva e agora Marco Aurélio Pedroso.

Todos foram presos em meio à enorme operação que se seguiu ao 8 de janeiro — episódio que terminou com depredações à sede dos Três Poderes e que até hoje divide opiniões sobre sua origem e consequências. As mortes desses envolvidos levantam debates intensos sobre as condições da prisão, o tratamento jurídico recebido e o papel do Estado.

Familiares e apoiadores desses manifestantes afirmam que eles foram perseguidos e tratados com severidade desproporcional, sem que houvesse clareza ou justiça plena sobre o que realmente ocorreu naquele dia.

Em meio ao luto, a dor desses entes queridos se mistura à sensação de injustiça. E, com mais um nome riscado da lista de quem aguardava respostas da Justiça, a ferida do 8 de janeiro segue aberta — sem cura à vista.

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