Motorista ligado à Defesa Civil é flagrado com carro irregular e diz trabalhar para prefeito de São João de Meriti

Motorista ligado à Defesa Civil é flagrado com carro irregular e diz trabalhar para prefeito de São João de Meriti

Detido com placa adulterada e sirene de viatura, homem afirma vínculo com Léo Vieira, que nega relação trabalhista com ele fora da Prefeitura. Prefeito já foi parado com R$ 100 mil em carro com placa irregular.

Um caso que mistura irregularidades, carro oficial com aparência de viatura e nomeações políticas veio à tona neste sábado (12), quando a Polícia Rodoviária Federal deteve Magno Leite Moraes, motorista que dirigia um veículo com placa adulterada, sirene e luzes semelhantes às da polícia. Ao ser abordado, Magno se apresentou como bombeiro militar temporário e disse trabalhar para o prefeito de São João de Meriti, Léo Vieira.

Segundo a PRF, a placa do carro tinha sido devolvida há mais de 20 dias e já não possuía mais autorização para uso. Além disso, um dos documentos entregues por Magno mostrava validade de três anos — acima do limite permitido pelo Gabinete de Segurança Institucional, que autoriza, no máximo, dois anos.

Apesar da abordagem, Magno tentou justificar a situação com documentos que, segundo a PRF, apresentavam irregularidades. Mesmo assim, declarou que tinha autorização para circular com o veículo nessas condições.

A história fica ainda mais curiosa quando se olha para o histórico recente da gestão municipal: no final de março, o próprio prefeito Léo Vieira foi parado pela mesma PRF enquanto dirigia um carro com placa reservada também de forma irregular. Na ocasião, transportava R$ 100 mil em dinheiro vivo.

Magno ocupa, desde o início da gestão de Vieira em 2 de janeiro de 2025, um cargo comissionado na Secretaria de Defesa Civil do município. Seu salário, somando as remunerações do cargo e dos bombeiros do RJ, chega a R$ 7 mil mensais.

Procurado pela TV Globo, o prefeito Léo Vieira negou qualquer relação pessoal ou empregatícia com Magno além da função pública: “Ele não possui qualquer vínculo ou relação de natureza trabalhista com minha família”, afirmou.

O caso segue sob investigação, levantando questionamentos sobre o uso indevido de símbolos de autoridade, apadrinhamentos políticos e o uso de recursos públicos.

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