MST chama ação terrorista do Hamas de “brava resistência”
Dois dias após os ataques perpetrados pelo grupo Hamas em Israel, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emitiu uma declaração expressando seu “apoio total e incondicional à causa do povo palestino”. Sem mencionar diretamente o Hamas, o movimento elogiou as ações que desencadearam um conflito com um trágico saldo de vidas, incluindo a de um cidadão brasileiro, tanto em Israel quanto em Gaza. O MST considera a ação do último fim de semana como “legítima”. Segundo o MST, a Resistência Palestina em Gaza reagiu de maneira “legítima” às agressões e à política de ocupação que Israel tem implementado na região ao longo de décadas.
O MST, que recebe financiamento público e tem fortes laços com o governo Lula e o PT, não mencionou o Hamas explicitamente em sua declaração. Além disso, membros do partido atualmente no poder também já demonstraram apoio ao Hamas no passado. O governo brasileiro segue a posição da Organização das Nações Unidas (ONU) e evita rotular o Hamas como um grupo “terrorista”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou os recentes “ataques terroristas” na região, sem citar especificamente o Hamas.
O MST e outros grupos sociais e partidos políticos de esquerda, como o PSOL, convocaram um “ato de apoio aos palestinos” em Brasília para denunciar o que chamam de “crimes do apartheid israelense”. O evento está programado para ocorrer no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios.
A nota do MST defende a causa palestina, enfatizando a necessidade de uma Palestina livre, com Jerusalém como sua capital e o direito legítimo ao retorno dos refugiados expulsos de suas casas e terras. A mensagem expressa solidariedade à Resistência Palestina em Gaza e promete apoio contínuo na busca por um mundo mais justo e igualitário. O presidente Bolsonaro e alguns parlamentares manifestaram repúdio à posição do MST.