Mulher que proferiu insultos antissemitas contra judia é investigada por racismo e injúria
Uma mulher que proferiu insultos antissemitas contra uma comerciante judia em Arraial d’Ajuda, sul da Bahia, prestou depoimento à Polícia Civil neste domingo. O delegado Paulo Henrique de Oliveira afirmou que, como não houve flagrante, a mulher foi liberada. Ela é investigada por racismo, injúria, grave ameaça, dano qualificado e tentativa de agressão.
A chilena, responsável pelas ofensas, avançou contra a lojista judia, Herta Breslauer, de 54 anos, chamando-a de “sionista, assassina de crianças”. A polícia solicitou medidas cautelares à Justiça, como proibição de contato com a vítima, impedimento de sair do país e proibição de frequentar o estabelecimento comercial da vítima.
No depoimento, a mulher confessou os xingamentos, mas negou ser antissemita, alegando que conhecia a vítima e teria sido provocada por ela anteriormente. A defesa da lojista afirmou que Herta está assustada e não quis falar com a imprensa. A advogada destacou que, apesar de não haver lesões aparentes, ocorreu uma contravenção penal devido ao tapa no rosto.
O crime de injúria racial foi equiparado ao de racismo pela Lei 14.532/2023, com pena mais severa, sem direito a fiança e sem prescrição. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Sociedade Israelita da Bahia repudiaram a agressão, classificando o antissemitismo como algo a ser condenado por todos.