Na terra de Lula, o povo paga caro: gás de cozinha beira R$ 153 na Bahia
Estado governado há anos pelo PT amarga um dos botijões mais caros do país, penalizando quem mais precisa
Na Bahia, reduto político do PT e onde Lula reina absoluto nas urnas, o que o povo está recebendo em troca é um botijão de gás pesando mais no bolso do que nos braços. Segundo levantamento recente da ANP (Agência Nacional do Petróleo), entre os dias 9 e 15 de fevereiro, o preço do gás de cozinha chegou ao absurdo de R$ 153 em algumas regiões do estado. Isso mesmo: um item básico, indispensável na rotina de qualquer lar, virou artigo de luxo.
O valor médio no estado ficou em R$ 123,60, tornando a Bahia o quarto estado com o gás mais caro do Brasil, atrás apenas de Roraima, Amazonas e Tocantins. E mesmo o menor valor encontrado, R$ 100, continua sendo um soco no estômago de quem já vive no aperto.
Por trás desse cenário está a Refinaria de Mataripe, privatizada ainda no governo Bolsonaro, mas que segue repassando reajustes sucessivos à população. Enquanto a política de preços e a gestão seguem sendo debatidas lá em cima, a conta continua chegando pesada justamente para os mais pobres — que dependem do botijão para cozinhar o arroz, o feijão, o café do dia a dia.
O que chama atenção — e revolta — é o contraste entre o discurso e a realidade. O PT, que sempre se vendeu como defensor do povo, parece fechar os olhos para a escalada nos preços que afeta diretamente os lares mais humildes. Como se pode falar em justiça social quando o básico se torna inacessível?
A Bahia, que deu expressivas votações a Lula nas últimas eleições, agora amarga o peso da promessa não cumprida. A panela vazia, o fogão sem gás e o salário que mal dá para o essencial mostram que o preço do apoio político pode estar sendo pago em parcelas de sofrimento diário.
Enquanto isso, o silêncio das autoridades locais sobre o tema só aumenta a indignação. Porque o povo baiano não quer discurso — quer gás, comida no prato e respeito.
