Noite de terror: Rússia dispara 367 drones e mísseis contra a Ucrânia no maior ataque desde o início da guerra

Noite de terror: Rússia dispara 367 drones e mísseis contra a Ucrânia no maior ataque desde o início da guerra

Bombardeio deixa pelo menos 12 mortos, incluindo 3 crianças, e dezenas de feridos; Zelensky cobra reação dos EUA e da comunidade internacional

A madrugada desta segunda-feira foi uma das mais sombrias para a Ucrânia desde o início da guerra. A Rússia lançou um ataque aéreo massivo, disparando nada menos que 367 drones e mísseis contra diversas cidades, incluindo a capital, Kiev. Foi o maior bombardeio registrado até agora em termos de quantidade de armamentos usados.

O saldo da ofensiva, segundo as autoridades ucranianas, é de 12 mortos e mais de 60 feridos. Entre as vítimas fatais estão três crianças, na região de Zhytomyr, no norte do país.

Enquanto explosões iluminavam o céu, as defesas aéreas da Ucrânia trabalhavam incansavelmente para interceptar os projéteis. A força aérea informou que conseguiu abater 266 drones e 45 mísseis, evitando uma tragédia ainda maior.

Zelensky reage e cobra os Estados Unidos

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, usou as redes sociais para criticar o silêncio da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, que desde a posse de Donald Trump adotaram uma postura mais branda em relação ao regime de Vladimir Putin.

“O silêncio dos EUA e de outros só encoraja Putin”, desabafou Zelensky no Telegram.
“Cada ataque terrorista como esse já deveria ser razão suficiente para novas sanções contra a Rússia.”

“Medo e morte” como estratégia

O ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, classificou o ataque como um ato cruel e deliberado contra civis.

“Foi uma ofensiva combinada, planejada para espalhar medo e causar mortes. O inimigo deixou claro mais uma vez que seu objetivo é aterrorizar a população”, escreveu ele também no Telegram.

Apesar dos apelos da Ucrânia e de países europeus por um cessar-fogo de 30 dias, as negociações sofreram um duro revés nos últimos dias. Isso porque Trump se recusou a aplicar novas sanções contra Moscou, contrariando o desejo de Kiev de interromper os combates imediatamente.

O maior ataque em número de armas, mas não em mortes

Apesar da magnitude dos armamentos lançados, este não foi o ataque mais letal da guerra — embora seja, até agora, o maior em volume de mísseis e drones utilizados de uma só vez.

A escalada de violência reacende a tensão global e coloca novamente em xeque a eficácia das respostas diplomáticas e das sanções internacionais diante da agressividade russa.

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