Número de mortes de ianomâmis cresce 50% no governo Lula, após acusar governo Bolsonaro de “genocida”
No primeiro ano do governo Lula, o número de mortes de crianças ianomâmis entre zero e quatro anos aumentou, totalizando 162 óbitos. Esse dado contradiz as acusações do governo anterior, que apontava genocídio contra os ianomâmis, levando até mesmo a uma investigação federal iniciada pela Polícia Federal em 2023. No entanto, em 2023, o registro de mortes na comunidade indígena alcançou 308, representando um aumento de quase 50% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 209 mortes.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), divulgou esses dados em um relatório, destacando que a acusação de genocídio contra o governo Bolsonaro não se alinha com a realidade. Em 2022, o governo Lula atribuiu as mortes e a desnutrição crônica entre os ianomâmis ao governo anterior, mas os dados revelam um aumento significativo no número de óbitos durante o primeiro ano de sua gestão.
O relatório revela que, das 162 crianças ianomâmis que morreram em 2023, 104 tinham até um ano de idade. As principais causas de morte incluíram doenças respiratórias, causas externas e doenças infecciosas e parasitárias. Esses números ultrapassaram a média dos cinco anos anteriores, que totalizavam 505 óbitos de crianças com até um ano.
Após a divulgação de imagens impactantes de indígenas sofrendo de desnutrição crônica, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ordenou uma investigação federal em janeiro de 2023, acusando membros do governo Bolsonaro de crimes como omissão de socorro e genocídio. O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou a investigação conduzida pela Polícia Federal, que ainda está em andamento. Até o momento, o ex-presidente Lula não se pronunciou sobre os recentes números de mortes entre os ianomâmis.