O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral fez um Pix de R$ 5 mil para Bolsonaro “Não estou preocupado se pagará a multa”, diz ex-ministro
O advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Admar Gonzaga, mostrou-se despreocupado com a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro utilizar parte dos R$ 17,1 milhões arrecadados por meio de vaquinha via Pix para quitar multas com o Estado de São Paulo. Esse montante foi informado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado à CPMI em 8 de janeiro.
Segundo o relatório do Coaf, dezoito pessoas, incluindo empresários, militares, agricultores, pecuaristas e estudantes, contribuíram com valores que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil para o ex-presidente. Admar Gonzaga é uma dessas pessoas, tendo doado R$ 5 mil. Ele afirmou, em entrevista, que Bolsonaro deve usar esse dinheiro da maneira que lhe convier.
É importante ressaltar que Admar Gonzaga é amigo de longa data do ex-presidente e já o representou legalmente anteriormente, inclusive garantindo o direito do filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, de concorrer ao cargo de vereador aos 17 anos em 2000, tornando-se o vereador mais jovem da história do Brasil.
Apesar dos valores arrecadados, Bolsonaro ainda não quitou suas multas. O registro de débitos na dívida ativa paulista mostra que o ex-presidente possui sete multas na Secretaria de Saúde do Estado, totalizando uma dívida superior a R$ 1 milhão. No entanto, Admar Gonzaga não demonstrou preocupação com essa situação.
O advogado afirmou que Bolsonaro provavelmente pagará as multas quando entender que esgotou todos os recursos judiciais disponíveis, como qualquer cidadão faria. Segundo Gonzaga, Bolsonaro teve todos os seus recursos bloqueados e ficou sem fundos em sua conta da noite para o dia.
Quanto à arrecadação através da vaquinha, Gonzaga defende a atitude, dizendo que é da sua natureza ajudar pessoas que estima, incluindo amigos de longa data, mesmo com desconhecidos. Ele enfatizou que não espera que Bolsonaro devolva o dinheiro doado e que acredita que o ex-presidente deve usá-lo para suas necessidades pessoais. Em suma, Gonzaga não está preocupado com a destinação do montante arrecadado, e não parece haver cobranças quanto ao uso do dinheiro por parte dos doadores.