Salários Atrasados em Ministério de Lula: Quem é o Responsável?

Salários Atrasados em Ministério de Lula: Quem é o Responsável?

Funcionários terceirizados relatam dificuldades enquanto empresa e ministérios se justificam

Funcionários terceirizados do Ministério da Igualdade Racial (MIR) enfrentam atrasos salariais, com relatos de mais de 10 dias sem pagamento. A empresa terceirizada responsável, R7 Facilities, atribui a situação à falta de repasses financeiros de alguns órgãos governamentais. Enquanto isso, o MIR afirma que realizou os pagamentos devidos, mas aponta que a responsabilidade direta pelos contratos recai sobre o Ministério dos Direitos Humanos.

Os colaboradores, que desempenham funções como recepcionistas e auxiliares administrativos, receberam um comunicado da R7 Facilities explicando que “burocracias comuns à virada do ano” agravaram a situação. A empresa alegou ainda que os repasses começaram a ser regularizados entre os dias 10 e 13 de janeiro. No entanto, a apuração revela que muitos funcionários seguem sem receber.

Empresa sob suspeita e novos desdobramentos

A R7 Facilities, que atua em várias pastas do governo e tem contratos que somam R$ 13,1 milhões, está sob investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) desde março. As suspeitas incluem o uso de “laranjas” e endereços de fachada.

A situação financeira da empresa gerou preocupação entre os trabalhadores, que cogitam suspender suas atividades presenciais até que os salários sejam pagos. Uma reunião foi marcada para discutir os próximos passos.

Impasse e transparência

Enquanto o MIR e o Ministério dos Direitos Humanos asseguram que os pagamentos foram realizados, a falta de clareza na gestão dos contratos terceirizados levanta dúvidas sobre os processos administrativos e a prestação de serviços públicos. Para os trabalhadores, o atraso representa mais do que uma questão burocrática, afetando diretamente suas vidas e sustento.

Esse caso reflete um problema recorrente na gestão pública brasileira: a complexidade dos contratos terceirizados e os impactos que atrasos financeiros podem causar não apenas às empresas, mas também aos profissionais que dependem desses pagamentos para sobreviver.

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