O peso da saúde no bolso: planos individuais sobem 6,5% em 2025

O peso da saúde no bolso: planos individuais sobem 6,5% em 2025

Reajustes de coletivos disparam até 25%, enquanto setor celebra lucros bilionários

Os planos de saúde individuais estão previstos para um aumento de 6,5% em 2025, conforme análise do Citi publicada pelo Valor Econômico. O índice, embora abaixo dos reajustes dos planos coletivos, ainda pesa no bolso de milhões de brasileiros.

Em 2024, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabeleceu um reajuste de 6,91% para os planos individuais e familiares regulamentados, contrastando com os planos coletivos e empresariais, cujos aumentos chegaram a até 25%, já que não seguem os tetos impostos pela ANS. Esses planos representam a maioria no mercado, afetando diretamente a vida de milhões de consumidores.

Cenário de lucro bilionário
Enquanto os reajustes preocupam os consumidores, o setor de saúde suplementar comemora lucros crescentes. De janeiro a setembro de 2024, o lucro líquido das operadoras de planos de saúde alcançou R$ 8,7 bilhões, um salto de 178% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse montante representa cerca de 3,33% da receita total acumulada no período, que ultrapassou R$ 261 bilhões.

Jorge Aquino, diretor de normas da ANS, destacou que a recuperação dos resultados está ligada às operações diretas de assistência à saúde, especialmente nos segmentos médico-hospitalares. Porém, as autogestões ainda enfrentam prejuízos operacionais, com perdas de R$ 1,7 bilhão no ano.

Melhora na sinistralidade e ganhos financeiros
Outro dado positivo para as operadoras foi a redução da sinistralidade médica, que caiu de 88,6% em 2023 para 85,3% em 2024. Paralelamente, as aplicações financeiras das operadoras, que somaram R$ 118,5 bilhões ao final de setembro, contribuíram fortemente para os lucros, somando R$ 6,9 bilhões nos primeiros nove meses do ano.

Enquanto isso, os consumidores continuam a lidar com reajustes que, somados ao alto custo de vida, tornam o acesso à saúde um desafio cada vez maior. O setor cresce em cifras, mas será que essa prosperidade reflete no atendimento ao cliente?

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