O tenente-coronel Mauro Cid nega ter usado a palavra “golpe” em seus depoimentos à Polícia Federal

O tenente-coronel Mauro Cid nega ter usado a palavra “golpe” em seus depoimentos à Polícia Federal

Em conversa de 2024, ex-assessor de Bolsonaro afirma que termo foi inserido na investigação pela PF.

Em um áudio vazado nesta segunda-feira (29), o tenente-coronel Mauro Cid nega que tenha utilizado a palavra “golpe” durante sua colaboração no caso que investiga uma alegada tentativa de golpe de Estado no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o depoimento, o termo teria sido colocado nos registros pela Polícia Federal.

Cid se mostrou indignado ao afirmar que, durante a delação premiada, nunca usou a palavra “golpe”, sugerindo que ela foi inserida indevidamente. O áudio, que remonta a uma conversa privada, revela seu desabafo sobre as condições psicológicas em que se encontrava no momento do depoimento, o que, segundo ele, pode ter influenciado o rumo da investigação.

Além disso, o ex-assessor relata em outra conversa a pressão que teria sofrido da Polícia Federal para confirmar uma versão pré-estabelecida sobre o ocorrido, em detrimento da busca pela verdade. Ele ainda menciona que o ministro Alexandre de Moraes já teria uma “sentença pronta” e estaria apenas aguardando o momento certo para agir.

Cid também aponta que parte de sua delação foi vazada, revelando detalhes sobre a tentativa de manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022, com acusações que envolvem membros da família do ex-presidente, incluindo Michelle e Eduardo Bolsonaro.

O caso segue sob sigilo, com a colaboração de Cid ainda sendo investigada pelas autoridades.

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