Odebrecht só pagou 5% de sua dívida com Petrobras e União
A Novonor (anteriormente conhecida como Odebrecht) pagou somente R$136 milhões dos R$2,7 bilhões acordados com a União e a Petrobras. Agora, a empresa deseja utilizar créditos tributários para abater o valor restante.
Sob a permissão do ministro André Mendonça, do STF, empresas envolvidas nos escândalos da Lava Jato poderão usar créditos tributários para reduzir até 50% do valor devido à União e à Petrobras.
Os acordos firmados durante os governos Temer e Bolsonaro, totalizando R$11,5 bilhões, envolvem Novonor (ex-Odebrecht), Metha, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, UTC, Nova (ex-Engevix), e Braskem, destinando R$5,2 bilhões para a Petrobras e R$4,8 bilhões para a União.
Segundo dados da UOL, as empreiteiras pagaram até agora R$3,3 bilhões da dívida, cumprindo 36% do acordo com a União e 26,7% com a Petrobras.
O uso de créditos tributários piora a situação para a Petrobras, que, ao contrário da União, não será compensada por essa medida.
O processo, marcado por várias reviravoltas e “revisionismo histórico” promovido tanto por Ministros do Supremo quanto pelo poder executivo, resultou em sucessivas reavaliações e descontos que aparecem na mídia.
A Novonor (ex-Odebrecht), que foi destaque há alguns meses devido à anulação dos processos contra Marcelo Odebrecht no STF, foi a que menos cumpriu os acordos. De um total de R$2,7 bilhões, a empresa pagou apenas R$136 milhões.
Nota adicional: A Novonor venceu uma licitação da Petrobras referente a três lotes da Refinaria Abreu e Lima em março deste ano, num valor superior a R$5 bilhões.
