ONG Belga Que Denunciou Soldado Israelense Tem Ligação com Ex-Membro do Hezbollah

ONG Belga Que Denunciou Soldado Israelense Tem Ligação com Ex-Membro do Hezbollah

Este é Yuval Vagdani, soldado israelense de 21 anos que integra o 432º Batalhão das Brigadas Givati - Reprodução/redes sociais... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/mundo/soldado-israelense-deixa-o-brasil-apos-juiza-mandar-pf-investiga-lo-por-crimes-de-guerra/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

Organização recém-criada foca em processar militares israelenses e é liderada por ativistas anti-Israel com histórico de apoio ao Hezbollah e Hamas.

As relações entre Brasil e Israel, já abaladas, enfrentam mais um ponto de tensão. O episódio recente envolve uma investigação aberta pela Polícia Federal (PF) contra o soldado israelense Yuval Vagdani, que passava férias na Bahia. A denúncia foi impulsionada pela Fundação Hind Rajab, uma ONG belga acusada de ser antissemita e liderada por ativistas com histórico de apoio ao Hezbollah e ao Hamas.

A ONG baseou sua denúncia em postagens de Vagdani, acusando-o de crimes de guerra cometidos em Gaza no ano anterior, incluindo a destruição de uma área residencial fora de combate. Nas redes sociais, o soldado teria publicado: “Que possamos continuar destruindo este lugar imundo até os alicerces.”

Apesar da independência da Justiça brasileira e da PF na decisão de investigar, o governo israelense interpretou a ação como uma perseguição do governo Lula. Amichai Chikli, ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, enviou uma carta a Eduardo Bolsonaro, aproveitando o caso para reforçar críticas ao Brasil.

A Fundação Hind Rajab, criada em 2024, tem como objetivo monitorar redes sociais de militares israelenses para processá-los. Seu presidente, Dyab Abou Jahjah, admitiu ser ex-integrante do Hezbollah e mantém uma postura abertamente anti-Israel. Ao lado de Karim Hassoun, secretário da ONG, ambos já defenderam a remoção do Hamas da lista de organizações terroristas.

Embora as denúncias contra o soldado possam ter fundamentos, a falta de neutralidade da fundação é evidente. A postura do governo Lula, ao se alinhar seletivamente em questões de direitos humanos, alimenta as acusações de antissemitismo. Lula, por exemplo, já relativizou o Tribunal Penal Internacional (TPI) ao justificar a não prisão de Vladimir Putin, mas adota tom duro contra Israel.

A oposição israelense também criticou o governo Netanyahu pela gestão do caso, acusando-o de falhar ao proteger soldados de processos internacionais. Yair Lapid, líder oposicionista, afirmou: “É uma falha monumental um soldado precisar fugir do Brasil para evitar a prisão.”

O episódio expõe tanto as disputas políticas internas em Israel quanto as tensões diplomáticas globais. Além disso, ressalta a importância de respeitar a separação entre poderes no Brasil e questiona o papel de organizações como a Fundação Hind Rajab, cujas intenções vão além da defesa de direitos humanos.

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