ONG Que Atua Na Amazônia Pagou Quase R$ 700 Mil Em Curso De 3 Dias Para Formar Técnicos
A ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) investiu cerca de R$ 700 mil em um curso de três dias destinado à formação de 152 técnicos, conforme divulgado pelo senador Plínio Valério, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga organizações do terceiro setor na região da floresta.
Segundo Valério, esse montante integra um contrato mais abrangente de R$ 1,6 milhão, válido de 2016 a 2022, com o propósito de qualificar profissionais que desempenharão atividades na floresta. Em termos gerais, cada profissional recebeu o valor de R$ 10,5 mil.
A diretora do Imazon, Ritaumaria Pereira, enfrentou dificuldades ao responder às indagações de Valério a respeito do curso. Segundo o senador, existem iniciativas semelhantes no estado que têm custos significativamente inferiores em comparação ao curso oferecido pelo Imazon.
Em relação à redução da pobreza na região, Ritaumaria admitiu que o Imazon não conseguiu erradicar a situação de vulnerabilidade dos indígenas, apesar de a organização existir desde 1990. Por meio do Fundo Amazônia, criado em 2008 e financiado principalmente pela Alemanha e Noruega nos últimos anos, a ONG recebeu R$ 40 milhões para desenvolver projetos em prol da região.
Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), obtidos pela revista Oeste, fazem referência à ONG como sendo “associada aos interesses dos Estados Unidos”, principalmente devido ao seu financiamento por instituições governamentais e privadas daquele país. Entre suas atribuições, o Imazon realiza o mapeamento da Floresta Amazônica por meio de satélites e conduz “estudos” sobre o bioma. Os documentos da Abin também apontam que o governo dos Estados Unidos discorda de determinadas obras de infraestrutura promovidas pelo governo federal na Amazônia, como hidrelétricas e estradas.
