Oposição quer fim do foro privilegiado após operações da PF autorizadas pelo Supremo

Oposição quer fim do foro privilegiado após operações da PF autorizadas pelo Supremo


Parlamentares da oposição se encontraram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, buscando apoio para pautas que visam reduzir os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma das medidas em destaque é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim do foro privilegiado. Embora essa PEC tenha sido aprovada pelo Senado em 2017, os opositores agora solicitam a coordenação entre Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para impulsionar a pauta na Câmara dos Deputados.

A PEC em questão pretende eliminar o foro privilegiado para quase 40 mil políticos e autoridades, abrangendo senadores, deputados, governadores, ministros de Estado e de tribunais superiores em casos de crimes comuns, como roubo, lavagem de dinheiro e corrupção. A prerrogativa de foro seria mantida apenas para o presidente e vice-presidente da República, presidentes e vices da Câmara e do Senado, e o presidente do STF.

Rodrigo Pacheco não revelou quais propostas ele estaria disposto a apoiar. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, expressou a expectativa de obter uma resposta até sexta-feira, destacando que as propostas visam fortalecer o poder legislativo em conformidade com os princípios constitucionais de equilíbrio, independência e harmonia entre os poderes.

Além do fim do foro privilegiado, a oposição também enfatiza a necessidade de encerrar o voto individual de ministros, estabelecer mandatos fixos e aumentar a idade mínima para indicações. Caso a discussão no Congresso não avance rapidamente, a oposição considera a possibilidade de obstrução, paralisando as votações.

O movimento da oposição foi impulsionado pelas recentes operações da Polícia Federal, autorizadas pelo STF, que tiveram como alvo membros da oposição, como o deputado Carlos Jordy e o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem. Durante a reunião, os parlamentares expressaram preocupação com a condução de inquéritos pelo ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de emitir declarações que prejudicam a imparcialidade do julgamento.

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