Orçamento do Bolsa Família, Farmácia Popular e Auxílio-Gás será cortado em 2025
É revoltante e inadmissível o que se desenha para o futuro dos programas sociais no Brasil, especialmente o Bolsa Família, o Farmácia Popular e o Auxílio-Gás. O governo, numa atitude que beira o desprezo pelas camadas mais vulneráveis da população, planeja cortes profundos no orçamento desses programas em 2025. É como se, de um dia para o outro, os direitos básicos de milhões de brasileiros fossem reduzidos a números em uma planilha.
O orçamento do Bolsa Família, por exemplo, está previsto para cair de R$ 169,5 bilhões para R$ 167,2 bilhões. “Uma redução pequena”, poderiam dizer, mas quem entende o impacto real sabe que isso significa que 128 mil famílias ficarão sem esse auxílio essencial, sendo jogadas à própria sorte num país onde o custo de vida só aumenta. Não é apenas um corte no orçamento; é um corte nas esperanças e nas vidas de quem depende desse dinheiro para sobreviver.
No caso do Farmácia Popular, a situação é igualmente dramática. Com uma redução orçamentária de R$ 5,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões, milhões de brasileiros terão ainda mais dificuldade em acessar medicamentos básicos. Como explicar a alguém que mal pode pagar por uma refeição que agora, também, terá que se preocupar se conseguirá ou não seu remédio? A matemática cruel do governo significa que, mesmo com mais pessoas precisando do serviço, haverá menos recursos disponíveis. É um absurdo sem tamanho.
E o que dizer do Auxílio-Gás? Um corte de 84% no orçamento é um golpe brutal contra as famílias que mal conseguem pagar pelo gás de cozinha. Reduzir o valor destinado a esse programa de R$ 3,5 bilhões para apenas R$ 600 milhões não é apenas uma questão de orçamento; é uma sentença de sofrimento para milhões de brasileiros que serão forçados a escolher entre passar fome ou cozinhar com lenha, colocando em risco a segurança de suas próprias casas.
O governo, em sua frieza técnica, justifica essas decisões com o mantra do “equilíbrio fiscal”. Mas como falar de equilíbrio quando as balanças estão tão claramente inclinadas contra os mais pobres? A verdade é que esses cortes vão aprofundar as desigualdades e empurrar ainda mais pessoas para a miséria. E enquanto o Congresso debate o Projeto de Lei Orçamentária, a urgência de reverter essas medidas draconianas não pode ser ignorada. É uma questão de dignidade, de justiça e de humanidade.