Padre de Osasco é alvo da PF em operação sobre golpe de Estado

Padre de Osasco é alvo da PF em operação sobre golpe de Estado


O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, da Paróquia São Domingos em Osasco, São Paulo, foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira. O religioso é suspeito de integrar um grupo jurídico que teria planejado um golpe de estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022. Segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o padre é apontado como membro do núcleo jurídico do suposto esquema golpista, responsável por assessorar e elaborar minutas de decretos para atender aos interesses do grupo.

Os agentes da PF realizaram a busca e apreensão na residência do padre, buscando equipamentos e documentos. Além disso, ele terá que cumprir medidas cautelares, incluindo a proibição de contato com os demais investigados, a impossibilidade de deixar o país e a entrega de todos os seus passaportes até o dia 9 de fevereiro.

O grupo jurídico investigado era composto pelo padre de Osasco, pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, pelo coronel Mauro César Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e por Filipe Martins e Amauri Feres Saad, ambos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão de Moraes detalha que o padre Oliveira e Silva participou de uma reunião com Filipe Martins e Amauri Feres Saad em Brasília no dia 19 de novembro de 2022, conforme registros de entrada e saída do Palácio do Planalto.

O ministro aponta que “José Eduardo possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigados em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas”.

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, nascido em Piracicaba, é ordenado sacerdote desde 2006. Em seu histórico, destaca-se por postagens polêmicas em redes sociais relacionadas à ideologia de gênero. Ele também se pronunciou contra o anúncio do Vaticano que permitia padres abençoarem relacionamentos de casais do mesmo sexo. A Diocese de Osasco aguarda informações oficiais das autoridades competentes e se compromete a colaborar na elucidação do caso.

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