Padre Julio Lancellotti participa de ato pró-palestina e chama Israel de “estado assassino”
Centenas de pessoas em pelo menos três Estados do Brasil saíram às ruas no sábado (4) em uma manifestação em apoio à Palestina. O convite para o protesto também foi feito pelo PT (Partido dos Trabalhadores).
O maior número de manifestantes foi registrado em São Paulo, onde o grupo se reuniu em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na Avenida Paulista, e caminhou ao longo da principal via do Estado.
Os participantes empunhavam bandeiras da Palestina e carregavam cartazes protestando contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza. Entre as mensagens, havia apelos por um “cessar-fogo”, pelo “fim do genocídio” e por boicote e sanções a Israel.
O evento contou com a presença de jornalistas nascidos no Líbano, como Khaled Fayez Mahassen, que reside no Brasil há 53 anos. Ele destacou a importância da causa palestina, afirmando que não há uma causa humanitária mais justa. Para Mahassen, o que está acontecendo em Gaza e na Cisjordânia é um genocídio e uma limpeza étnica contra o povo palestino, e a participação na manifestação é crucial para expor ao mundo as ações do sionismo internacional contra esse povo que luta por sua terra.
O médico brasileiro-libanês Bilal Ramez Bakri, que reside no Brasil há 26 anos, considerou sua presença na manifestação em defesa da Palestina como um gesto simbólico. Ele ressaltou a importância de levantar a voz contra os atos desumanos e bárbaros, classificando as ações de Israel como uma carnificina e um ato terrorista que ocorre há 75 anos.
O Padre católico Julio Lancellotti, defensor de causas progressistas, também marcou presença no evento. Usando um crucifixo comprido ao redor do pescoço e adesivos pró-palestina, ele referiu-se a Israel como um “estado assassino” e “estado covarde”, além de afirmar que se sente “palestino”. O vídeo com suas declarações foi compartilhado em suas redes sociais.